Feio de doer

Ontem foi um dia feio. Feio, horrível, detestável, repugnante!
Um dia mais feio que bater na mãe! Quiçá, mais feio do que o cantor pop gaúcho Hélio dos Passos dançando tunt tunt!
Enfim, ontem foi um dia barango!
Por quê? Porque foi um dia típico de verão em Porto Alegre. E dos mais odiosos.

Um dia de inferno! Local este que é conhecido por ser quentíssimo e que deveria ser o pior de todos, para onde ninguém quer ir. Coincidência né? Por que será que inventaram que o inferno é quente, já que o verão é tão bom? Façamos um exercício de imaginação. Como será que é a temperatura no céu? E no paraíso? Agradável é a primeira resposta que vem na minha mente.

Dia feio esta quarta-feira! Como eu poderia chamar um dia em que:

- as pessoas passam mal da saúde
- as pessoas não têm a menor vontade de comer
- as pessoas não conseguem dormir direito
- as pessoas não conseguem se concentrar, nem estudar, nem trabalhar
- as pessoas não conseguem sair na rua sem que fiquem encharcadas em suor (que coisinha agradável hein?!)
- etc, etc, etc.

De onde vem a idéia de que a beleza de um dia está ligada diretamente ao fato dele ser ensolarado ou não? OK, isto é uma boa qualidade, mas não é tudo! Longe disso!

Ontem foi um dia:

- setenta vezes mais feio que qualquer dia cinzento de outono
- setenta vezes mais feio que qualquer dia chuvoso de inverno
- setenta vezes mais belo do que a maioria dos dias que ainda estão por vir para os desafortunados que curtirão a estação do Belzebu em Forno Alegre.

Desculpem, eu precisava desabafar. Afinal de contas, eu sempre preferi o inverno ao inferno.