sábado, 21 de julho de 2012

Palavras

Mudança. Só essa palavra, sozinha, já gera inquietação.

Inquietação. Só essa palavra, sozinha, já gera movimento.

Movimento. Só essa palavra, sozinha, já gera vontade.

Vontade. Só essa palavra, sozinha, já gera entusiasmo.

Entusiasmo. Só essa palavra, sozinha, já gera motivação.

Motivação. Só essa palavra, sozinha, já gera brilho no olho.

Brilho no olho. Junto com todas as demais palavras, gera mudança.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

O que poderia ter sido e não foi

Já faz um tempo que eu tomei uma decisão na minha vida. Algo que, olhando de perto, pode parecer meio maluco. Mas pra mim faz todo o sentido, e isso nesse caso específico é o que importa.

Eu decidi que eu não vou me arrepender pelo que eu não faço. Caro leitor e digna leitora, acompanhem o meu raciocínio, que ele é bem lógico. O que eu não faço e portanto deixo de fazer não pode causar dano nem a mim, nem a outrem, nem a nada. Afinal, o que eu não faço é a ausência de ação. É a completa inação. É, por assim dizer, a desistência de todo e qualquer risco. Inclusive do risco de que algo dê certo e seja espetacularmente interessante.

Portanto, senhoras e senhores, a decisão é simples e baseia-se na crença de que, se algo der errado, aí sim eu terei motivos para me arrepender. Porém, evitarei ao máximo o arrependimento de não ter feito aquilo que achei que deveria fazer. Portanto, ainda que eu não abdique completamente da importantíssima reflexão e da fundamental avaliação de possibilidades, já vou avisando: é bem provável que eu faça as coisas. Que eu tome decisões e atitudes. Que eu pague pra ver. 

Quero evitar a todo custo a crônica do que poderia ter sido e não foi.

Porque o que não tiver que ser não será. Mas não será por falta de ação.

E tenho dito.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ouve o canto gauchesco e brasileiro...

Ok, eu sei que eu posto pouco, e todos aqui vivem me lembrando disso. Contudo, achei importante registrar esse momento aqui no blog. Escrevo sobre o doutorado. Mais uma vez. Na verdade, pela última vez, já que....

Acabou!!! Finalmente acabou. No more PhD. OVER!!!!

E acabou bem! Apesar da agonia prolongada (um ano e 4 meses de atraso, problemas financeiros, crise de vocação), consegui terminar a tese de de forma que eu olho pra ela e digo: ok, até que está bem feita... Tudo foi bem tranquilo na defesa, a banca não pegou pesado. Ao invés de sair correndo e pensar em outra coisa, ainda estou motivado: quero continuar aprofundando as pesquisas na área, propor mais ferramentas, métodos, enfim, tocar o barco. Acho que o ponto de parada da tese vai se tornar o ponto de partida de um comprometimento de longo prazo com transformação de grafos. Eu ainda estar com gás após tanto tempo, e tanto stress, já é uma vitória em si só.

Além disso, outra coisa boa: o início de carreira como professor efetivo. Apesar de eu estar flertando há algum tempo com a posição de professor (como substituto na UFRGS, ou horista em universidades particulares), estou prestes a assumir o desafio de atuar como professor com dedicação exclusiva numa universidade federal (UNIPAMPA). O concurso ocorreu uma semana antes da defesa, e foi tudo tão rápido que a nomeação saiu já semana passada. Em menos de um mês estarei morando em Alegrete, e atuando junto ao curso de Ciência da Computação. Estou muito feliz, já que é o tipo de posição pela qual eu lutei todos esses anos. O único contratempo vai ser que a Márcia continua em Porto Alegre, portanto estimo dormir algumas noites na BR 290, indo e voltando pra Porto Alegre... mas nada que um ônibus leito (e uma pilha de artigos pra atacar a insônia) não resolvam :)

Em breve estarei às voltas com os próximos prazos para artigos, projetos, aulas, e talvez a vida volte a ficar agitada demais para escrever sobre ela. Contudo, acredito que em nenhum cenário, por mais atribulada que se torne minha rotina, minha vida voltará a ficar tão angustiante como no período final do doutorado... Entre as perspectivas para o futuro, em particular para 2012: trabalhar muito, tirar a carteira de motorista, conseguir publicar bons artigos e ser feliz :)

Rodrigo Machado, PhD

PS: "Não me perguntes onde fica o Alegrete, segue o rumo do teu próprio coração..."

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A música e o silêncio podem ser uma bênção

Eu já comentei isso aqui antes, mas reitero: há dias em que o silêncio é uma bênção. Nada como o som do nada pra relaxar ao final daquele dia em que tudo foi complicado, a correria foi grande e as coisas pareciam que iam todas por água abaixo.

Mas tem dias em que uma música é tudo que a gente precisa. Curtam comigo essa aqui.



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Há 11 anos...

Ontem, dia 9 de janeiro, foram completados 11 anos de história dos ERAD-Boys.

A I Escola Regional de Alto Desempenho ocorreu de 9 a 13 de janeiro de 2001, em Gramado - RS.

Quatro jovens estudantes de graduação, a maioria bolsista de iniciação científica, embarcaram para o primeiro congresso acadêmico de suas vidas.

Era para ser um evento comum, simples, um congresso, afinal de contas. Porém, nesses poucos dias ocorreram tantos acontecimentos, dignos das mais hilariantes histórias, que aquela viagem se tornou especial. As piadas internas se multiplicaram, o companheirismo cresceu e, após poucos dias e algumas divertidas aventuras e enrascadas serranas, estava sacramentada a continuidade dessa amizade por longos anos.

Vocês tem que concordar comigo que as melhores piadas são as internas, correto? Eu acho isso. Porém, quem define qual é a quantidade de pessoas que podem saber uma história interna? Por exemplo, uma história que todo mundo conhece, pode ser vista como uma piada interna compartilhada pelo mundo inteiro. É só uma questão de escala, de ponto de vista.

Sendo assim, para comemorar o 11º aniversário dessa amizade, compartilharei uma historiazinha rápida:

Os quatro estudantes, solteiros, saíram de noite em busca de diversão. Se fosse possível encontrar o famoso Bill Bar, melhor ainda. Perdidos pela cidade, entramos em algo parecido com um ginásio, que tinha um boteco logo na entrada, com alguns caras bebendo uma ceva em mesas de lata patrocinadas por alguma cerveja. Entenderam? Ou seja, estou descrevendo um ambiente tipicamente masculino, macho-alfa, sem frescuras.

Entrando, fomos logo perguntando, com palavras semelhantes a estas:

"Estamos procurando um bar, pra jogar uma sinuca...". Notem as reticências no final da colocação.

Um dos guascas do local se empolga, com um sorriso maroto no olhar e sugere:

"Ah... tô entendendo... uma sinuquinha... um lugar com música... umas gatinhas..."

Nisso, nosso colega ERAD-Boy interrompe o homem e diz:

"Não. Não. Só sinuca mesmo."

Os caras do local nos olharam com uma cara de estranheza, cheios de perplexidade! Olharam para nós como se fossemos uns manés da computação (Por que eles foram tão precipitados e preconceituosos?). Coloquei o que restava do meu orgulho no bolso (com medo de perdê-lo de vez) e fomos embora.

Que momento!

Parabéns ERAD-Boys! São 11 anos de muita amizade e muitas risadas compartilhadas :-)

Obrigado!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Carta ao Papai Noel

Seguindo a ótima ideia das cartas, iniciadas brilhantemente pelo Sanger, segue a missiva que mandei ao Bom Velhinho. Tomara que ele me dê o que eu pedi.

Feliz Natal a todos!!!

...


Caro Papai Noel,

Venho por meio desta cartinha fazer meus singelos pedidos para este Natal.

Mas antes, deixe-me por obséquio advogar em causa própria. Tenho tentado ser comportado, respeitar os demais seres da crosta terrestre. Tenho procurado sempre ser educado, polido, paciente e cortês. Mesmo no trânsito caótico, Papai Noel, tenho me mantido sempre calmo.

Sei que alguns meninos devem ter pedido neste natal um carrinho de rolimã, um boneco do Jaspion ou uma máscara do Homem-Aranha. Mas eu não, Papai Noel. Meus pedidos são mais simples.

Quero apenas manter as coisas boas que eu conquistei. Desejo que minha família siga tendo saúde, felicidade e sucesso, e que tenha a prosperidade necessária para uma boa subsistência. Quero que ela se mantenha unida, mesmo que estejamos separados por alguns poucos quilômetros.

Peço também, ao invés do video-game da moda, que eu siga perto dos meus amigos. Que eles tenham saúde, felicidade, paz, sucesso e sossego. Que eu seja o melhor amigo possível dos meus amigos, e que eu siga tendo a bênção de tê-los comigo.

Peço que eu tenha sucesso e felicidade no trabalho. Que eu não seja necessariamente o melhor profissional do mundo, mas que eu seja o melhor profissional que eu puder ser.

Peço que as pessoas do mundo parem de pensar somente em coisas materiais e passem a se preocupar com as coisas simples e que muitas vezes custam bem pouco mas têm os valores mais elevados.

E, se eu ainda tiver algum crédito e não for pedir demais, não esqueça a minha Calói!

Obrigado e um abraço,

Diego

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carta ao garçom desconhecido

Caro garçom,

Quando eu estiver em um restaurante, apreciando uma companhia, batendo um papo, degustando a refeição e a bebida que escolhi, por favor, me deixe em paz, não me interrompa e, principalmente, deixe o copo no qual estou ingerindo bebidas em paz.

Supere a tentação irresistível de repor o líquido presente no copo a cada gole que eu ingerir. Se eu quiser recarregar meu copo, eu mesmo o farei. Na hora que eu bem entender. Na quantidade que eu bem entender. Entendeu?

Em vez de fixar todas suas atenções aos copos se esvaziando, mantenha-se em local que as pessoas sentadas nas mesas possam lhe enxergar e esteja atento para quando sua presença por solicitada.

Tenho certeza que saberás me entender, respeitar minha vontade e minha privacidade.

OBS.: obviamente para sistema de rodízio e para os pedidos inicias de pratos e bebidas (a la carte), esse pedido não é válido.

Muito obrigado,

Rodrigo