domingo, 27 de setembro de 2009

Eu a as reflexões de um final de domingo

Ainda dá tempo.

Não tenho 32 dentes, e nunca vou ter.

Azar. Dá-se um jeito.

Uso óculos, e isso é bom.

Sem óculos, tudo é dor de cabeça e parece que tenho areia nos olhos.

Não sei nada de coisa nenhuma.

Eu apenas observo.

Eu não desisto.

Eu resisto.

Eu me informo.

Eu não me conformo (mais).

Ninguém nasce sabendo.

O Super-Homem não gosta de Kriptonita.

O Homem-Aranha gosta da Mary Jane.

Eu amo minha irmã.

Eu demoro pra resolver certas coisas.

Eu quero.

Eu mudo.

Eu fico mudo.

As pessoas demoram a ver certas coisas.

Eu canso.

Eu descanso.

Eu viajo.

Eu tenho bons amigos.

Eu respiro.

Eu suspiro.

Eu peço ajuda.

Eu tento ajudar.

Eu leio.

Eu penso.

Nada sei de coisa alguma.

Quero aprender.

Ainda dá tempo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pensamento

A vida não é filme. Se fosse, iríamos aos cinemas assistar "vidas" ao invés de "filmes".

Com essa frase na cabeça, junto com a certeza de que eu realmente não sei nada de coisa nenhuma, pensei novamente.

Ando pensativo nesses últimos dias do inverno porto-alegrense. Vocês, caras leitoras e dignos leitores, devem estar pensando: "Capaz!?!?! Nem parece!".

A-háááá! Pode não parecer, mas é um tempo de intensa queima de fosfato.

Mas, por favor, não me peça conclusões brilhantes, idéias mirabolantes, soluções fascinantes. Ainda não.

No momento, só sei que nada sei. Mas vai que um dia eu aprendo...

Preciso pensar mais!

Como diria o grande Lupicínio Rodrigues...

"... o pensamento parece uma coisa à toa.
Mas como é que a gente voa quando começa a pensar..."

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O campeonato mundial de seres humanos

Dia desses eu estava dirigindo e ouvindo um programa de rádio muito popular por essas bandas, o Pretinho Básico. Esse programa em geral tem a única e exclusiva motivação de entreter e contar piadas. Fazer troça das mais diversas situações. Imitar outras pessoas. Fazer todo tipo de papagaiada.

Mas um dos caras que apresentam o programinha falou uma coisa assim, de relance, uma frase de revesgueio que eu não sei bem qual era a intenção dele. Acho que ele queria fazer uma piada, como sempre. Ou não. Não lembro o contexto, mas a frase me chamou a atenção:

"O problema é o campeonato mundial de seres humanos."

Na verdade, não lembro se era exatamente com essas palavras, mas era essa a idéia da frase. E essa frase me fez parar para pensar. Pensei, pensei e pensei.

Acho que no fundo há mesmo um campeonato mundial de seres humanos. Imaginemos: uma competição entre pessoas que nem se conhecem, e para algumas isso faz toda a diferença. Isso é que deve fazer com que o motorista do outro carro pense que precisa passar na minha frente de qualquer jeito. Isso é que deve fazer com que haja cada vez mais intolerância. Talvez algumas pessoas achem que para ganhar o campeonato têm que acotovelar-se no supermercado para entrar antes na fila. Esse campeonato eu não quero ganhar. Nesse, eu quero mofar na zona do rebaixamento.

Será que tem vaga na Libertadores para o G-4 desse campeonato? Sim, porque as pessoas cada vez mais parecem estar competindo entre si, das formas mais inusitadas e por quaisquer motivos. Não que eu não queira nenhuma competição, muito antes pelo contrário. Eu acredito que é algo muito importante, e pode ser um combustível para a melhora das pessoas. Não consigo imaginar o mercado de trabalho, por exemplo, sem competição. É do jogo, faz parte da vida.

Mas eu sonho com um mundo em que a competição seja saudável. Sonho com o dia em que alguém irá competir com outrem para ver quem é que torna a vida do outro melhor. Para ver quem melhora mais os dias de outras pessoas. Um campeonato mundial de seres humanos do bem. Nesse campeonato, eu ia querer competir. Inclusive eu já teria os candidatos ao título, sem precisar de ajuda de matemáticos para dar os prognósticos e probabilidades. ERAD-Boys e ERAD-Girls, essa vocês levariam fácil, sem disputa de pênaltis!

Aí está. Pensei. Concluí. Como diria o grande Descartes: "Cogito, ergo sum".