domingo, 25 de julho de 2010

Fórmula-1 ainda é esporte?

Se tem uma coisa que eu gosto é de acompanhar esportes. Vários esportes. 

Gosto muito de futebol, é claro. Se estiver passando na TV um jogo amistoso entre XV de Campo Bom e Sertãozinho, é possível que você me veja em frente à telinha, acompanhando o jogo e me divertindo a valer. Nessa Copa do Mundo eu me fartei de futebol. Eu assisti a todos os jogos que pude. Sempre que eu não estava trabalhando ou em algum compromisso, eu estava em frente à TV, assistindo ao jogo do momento. Gana contra Sérvia, Argélia e Eslovênia, não interessa. Era Copa do Mundo, e eu tinha que acompanhar.

Para assistir aos jogos do Grêmio, faço o possível. Vou ao estádio em dias de frio glacial, temporal, ruas alagadas, calor inclemente, sol tórrido. Na companhia de outro grande gremista de todas as horas, o Sanger, não tem tempo ruim. Já fui de Porto Alegre a Cidreira, dirigindo em meio a um temporal, para encontrar o Sanger e assistir a Grêmio e São José de Porto Alegre. Na chuva. No Sessinzão! Somos realmente bravos guerreiros, modéstia à parte.

Olimpíadas também são importantes. Você já deve ter me visto falar de Gustavo Tsuboi, aqui mesmo nesse blog. Sim, acompanho até tênis de mesa. Natação, atletismo, ginástica, esgrima, judô, basquete, todos os esportes me atraem. Recentemente lembro de ter assistido a alguns esportes das Olimpíadas de Inverno. Não entendo nada de curling, mas acompanhei. Enquanto escrevo este texto, estou assistindo à final da Liga Mundial de vôlei masculino. O Brasil vai vencendo, mas o jogo está difícil. O Brasil tem um levantador baixinho que me faz perguntar por que eu não me dediquei mais ao vôlei. Eu poderia... enfim.

Há histórias célebres na família e entre amigos que dão conta do meu interesse por Fórmula-1. Há relatos de que eu sabia todos os pilotos, os carros, as equipes, os resultados. E eu de fato lembro perfeitamente de algumas disputas, de alguns pilotos. Lembro do Alesi, do Prost, do Mansell, do Irvine, do Patrese, do Piquet, do Larini, do Alboreto, do JJ Lehto e do Ukyo Katayama, do Berger. Do Maurício Gugelmin e do Roberto Pupo Moreno. Sem dúvida nenhuma, um dos meus ídolos de sempre foi Ayrton Senna. Eu realmente acordava para assistir às corridas. Até quando era na madrugada. Eu acordava especialmente pra ver a Fórmula-1. Sabe aquela história das manhãs de domingo? Pois é, isso mesmo. Eu entendia tudo (ou achava que entendia) sobre as paradas nos boxes, sobre os carros. Eu achava o máximo o jeito como o Senna ganhava as corridas. Os caras queriam passar e ele não deixava. 

Naquele tempo, Fórmula-1 era esporte, ao menos para mim. Depois, fui perdendo um pouco o interesse. Primeiro, sempre ganhava aquele que tinha o melhor carro. Nada contra o Damon Hill e o Jacques Villeneuve, mas eles foran campeões porque com aqueles carros da Williams até o Zé das Couves ganhava. Aí, veio a história do reabastecimento. E com ele, a frescura de um piloto ganhar na "estratégia dos boxes". Francamente! Pra mim quem ganhava era quem dirigia melhor, eu ainda achava que tinha que ganhar no braço. Mas a partir dali o cara podia ser um zero à esquerda, um barbeiro, e ainda assim, se tivesse um carro bom, e uma mente brilhante acertasse o momento do reabastecimento, e o cara da mangueira de combustível fosse rápido (e não esquecesse dela presa no carro) e o cara do parafuso do pneu fosse veloz, até mesmo um piloto medíocre podia ganhar.

Aí, veio a história do pneu macio e do pneu duro. Que coisa lamentável! Em algumas corridas, o piloto é obrigado a piorar o carro, perder tempo, porque tem que andar com um pneu que acaba com o acerto. Eu não consigo gostar da história do pneu macio e do pneu duro. Aí vem o comentarista falar no "macarrãozinho" do pneu. Que macarrãozinho coisa nenhuma! O que eu quero ver é ultrapassagem, é saber quem é o melhor piloto! O que me interessa é o "Poeira neles, Senna!".

Aí, veio a Ferrari e acabou com tudo de uma vez. "Hoje não, hoje não, hoje não! Hoje siiiiiiiim!". Isso não me sai da cabeça. Patético. Nem o Barrichello merece isso.

E hoje, depois de tudo isso, eu estava na casa dos meus pais, acordei e pensei: vou reeditar uma coisa da minha infância, junto com o meu pai: vou ver a corrida, como nos velhos tempos. E vem um cara e diz pro Massa mais ou menos isso: "o Fulano tá mais rápido. Captou, ou quer que eu desenhe?". E, o pior: ele quase estaciona pro outro passar. E nem pede demissão! E não quebra nada! E não xinga ninguém! E assume a bronca!

Eu não sei mais se gosto de Fórmula-1. Eu já estava cansado, já tinha perdido o interesse, já tinha ficado com raiva do "Hoje não, hoje não, hoje não! Hoje siiiiiim!". Hoje, acho que peguei nojo de vez. Dificilmente vou acordar de novo pra ver alguma corrida de Fórmula-1. Não sei se isso ainda é esporte. Não sei no que isso se transformou. Prefiro parar de assistir de vez, pra ficar com as boas lembranças. Pra ficar com os momentos em que eu acordava no domingo de manhã pra ver o Senna correr e ganhar as corridas no braço, com pneus pra pista seca em dias de chuvarada, sem jogos mirabolantes de estratégias e sem alguém mandar ele ou qualquer outro parar de acelerar. Um tempo em que a Fórmula-1, pra mim, era esporte.

Em tempo: o Brasil acaba de ganhar o jogo. É campeão da Liga Mundial de vôlei masculino.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Programas de TV

Criei-me na frente da TV. Desde criança sempre fui fanático por TV.

Cresci vendo Chaves, Silvio Santos, Carrossel, Cavaleiros do Zodíaco, novelas, jornais, Jô Soares, Serginho Groisman, desenhos animados, filmes, futebol, etc. etc.

Meus programas de TV favoritos já foram vários. Durante o segundo grau (ok, ensino médio, para os não tão velhos quanto eu) os favoritos eram Jô Soares (que eu gravava no video cassete toda noite para assistir no outro dia, de tarde) e os programas de esportes locais do Rio Grande do Sul, principalmente Dois Toques, com Rogério Amaral.

Durante muito tempo curti o Topa Tudo Por Dinheiro, com suas câmeras escondidas perfeitas (lembranças de Ivo Holanda e da Ruth Ronce, que Deus os tenha).

Depois, nas épocas mais recentes, curtia bastante o Caldeirão do Huck, com seus quadros Lata Velha, Lar Doce Lar, Agora ou Nunca e Soletrando). E o Pânico na TV? Muitas vezes ultrapassam o limite do bom senso, mas não dá para negar que diversas vezes também eles tem idéias muito boas e engraçadas. E Os Normais? Bah, era bem tri!

Mas e recentemente? É, tenho que admitir que recentemente a TV tem perdido bastante de seu espaço para mim. Mas ainda lembro dela com bastante carinho...

Eu ainda consigo me divertir assistindo televisão. O que me chama a atenção na TV hoje em dia? Algumas poucas coisas. Gostaria de destacar duas que sempre garantem a minha presença perante a telinha: CQC e Ídolos.

CQC - Custe o Que Custar, na Bandeirantes, todas as segundas-feiras as 22h15min, com seu humor inteligente é um resumo semanal divertido do cotidiano no Brasilzão. As denúncias e pegadinhas tem uma inteligência acima da média. Ao mesmo tempo o programa é leve, um belo passa-tempo.

Ídolos, na TV Record, todas as terças e quinta-feiras as 23h, com o bom apresentador Rodrigo Faro e cantores candidatos a ídolo de todos os tipos, desde os mais sem noção do mundo até os mais competentes. Uma mistura bem interessante.

E vocês caros leitores? Quais programas de TV lembram com carinho?

Bem, vou lá... está para começar daqui 10 minutos a fase do Teatro no Ídolos 2010. Já são apenas 83 competidores...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tudo junto, separado?

Tempos depois, cá estou eu para postar novas velharias e velhas novidades. Você há de perguntar: "certo, mas... por que a demora em voltar a este nobre espaço?" E eu hei de responder: "Não sei". Mas voltei. Voltei com uma lista grande de assuntos. Sem mais lero-lero, vamos ao que me traz aqui.

Novo layout: Talvez não seja nada demais, mas também bastante inovador em se tratando do Blog dos ERAD-Boys, o seu blog por um mundo melhor. Não sei se deu tempo de reparar, dada a qualidade estupefaciente do presente texto, mas o blog andou mudando um pouquinho. Espero que os estimados leitores apreciem. Votem aí do lado na nova enquete pra que a gente saiba como foi o impacto das mudanças no povo.

Copa do Mundo, amiiiigo: Está estranho. Eu torci pela Seleção, apesar de não concordar com a metade dos jogadores que estavam lá. Porque, se era pra levar o Grafite, que levassem o Valdir Papel também pra ele não ficar desapontado... Acabou que a Seleção teve piripaque, entrou em parafuso e levou um baile da Holanda. Que por sua vez cometeu o crime da Copa depois, retirando os bravos uruguaios da final. Torci pelo uruguaios. Me peguei bem chateado, triste mesmo com a eliminação da Celeste. Confesso que fiquei com uma ponta de inveja dos vizinhos, porque o time deles não entrou em pânico quando tomou gol, e se perdeu ao menos foi jogando como deve jogar um time de verdade. Não há de ser nada: o terceiro lugar pode ser comemorado, por que não?

Nova rotina: Lavar a própria roupa (e pior que isso, passá-la depois de lavada), cozinhar as próprias refeições. Notar na prática que a geladeira não se enche sozinha. Lavar a louça pra evitar que a pilha fique grande e vire um condomínio de fungos. Ter responsabilidade pela manutenção da higiene da casa (embora essa parte seja atualmente "terceirizada"). Novos desafios que foram escolhidos e abraçados por vontade própria. Acho que estou indo bem. No começo, foi complicado até me acostumar. Afinal, fechar a porta de casa e pensar "ok, estou sozinho e é assim que eu vou ficar porque ninguém mais mora aqui" é um tanto diferente do que eu estava habituado. Mas vamo que vamo, que tá bueno!

Velhos problemas: intolerância, impaciência, deselegância. Por que as pessoas não podem ser mais gentis e agradáveis no geral? Na fila do supermercado, no ônibus, na rua. Em todos os lugares parece que não importa nada mais que "passar na frente", "chegar antes" e "ser mais rápido". E eu pensando apenas em ser mais tranquilo.

E-du-ca-ção: Palavrinha curta, mas importante. Eu já disse aqui mesmo nesse blog em outras oportunidades que eu acho que o problema maior que temos hoje, na maioria dos casos, é a educação (ou a falta de). Logo, estou curioso para o início dessa campanha eleitoral. Quero ver o que prometerão dessa vez os nobres candidatos (ou nem tão nobres assim, na maioria dos casos) para a educação. Não adianta tapar o sol com a peneira. Educação é assunto pra longo prazo. Quero só ver.

P.S.: Prometo da próxima vez postar algo mais elaborado, mais poético ou até mesmo mais filosófico. Por enquanto, fica a questão: Por que separado se escreve tudo junto e tudo junto se escreve separado?