quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Apenas uma oportunidade de dizer obrigado

Quando eu era criança eu sempre ficava na expectativa pelo final de ano. Muito mais por causa do Natal, eu confesso. Eu sempre queria saber se eu ia ganhar aquela bola que eu tinha pedido, ou se a bicicleta viria, ou o tão sonhado Atari. Aqui vale lembrar que o sonho do Atari próprio foi realizado em um Natal. Ainda lembro exatamente até do que eu comi naquele Natal, o do Atari. E da expectativa até o momento mágico em que eu abri o embrulho e ele estava lá, na caixa predominantemente cinza. Desculpem, caros dois ou três leitores, mas tenho que fazer uma pausa pra enxugar uma lágrima renitente que teima em cair pelo meu rosto.

Mas tergiverso. O que quero mesmo é falar do Ano Novo, essa oportunidade que as pessoas têm de fazer levantamentos e ver onde e como podem mudar suas vidas. Muito mais do que a troca de um número no calendário, o Ano Novo representa, ao menos para mim, a oportunidade de refletir e ver qual o saldo que fica depois de mais 365 dias (às vezes 366).

Enfim, é momento de acertar contas consigo mesmo. Ser sincero e verdadeiro com aquela pessoa que a gente vê todo dia quando acorda e olha no espelho. Ver se aquelas promessas que se fez no ano anterior foram mesmo cumpridas. Procurar os motivos para não ter feito alguma coisa. E, mais importante, procurar oportunidades de mudanças e novos projetos para um ano que se iniciará, estalando de novo.

Vejamos. Em 2009 eu tinha uma sacola de idéias na cabeça. Destas, algumas não saíram de onde estavam. Mas algumas viraram uma realidade bastante palpável. Que o digam a máquina de lavar roupas cheia e esperando pra fazer seu trabalho, a pia cheia de louça pra lavar e a geladeira implorando por compras que a recheiem pelo menos um pouquinho. Alguns projetos foram levados a cabo, como podem comprovar as lojas de roupas que estão me vendendo artigos em tamanhos muito menores do que costumavam vender. Outros estão em pleno andamento, conforme atestam os meus tênis que estão tendo suas solas cada vez mais gastas.

Obviamente, houve surpresas. Algumas ótimas, verdadeiramente lindas. Outras, bem menos agradáveis. Mas todas elas me levaram a me dar conta de uma coisa totalmente óbvia: a vida só anda se a gente ajudar a fazê-la andar. A engrenagem está pronta, esperando por um empurrão para começar a funcionar. Como diria Eduardo Galeano, "a sorte ajuda quem a ajuda a ajudar".

Acho que mudei um bocado em 2010. Acho que levo desse ano uma nova sacola, cheia de ensinamentos, experiências. Receitas do que fazer e do que não fazer. Já disse e reafirmo: saio desse ano mais preparado e mais pronto do que entrei.

E não esqueci, nunca esqueceria, da presença dos amigos e da família nesse ano. 2010 foi um ano movimentado, intenso. E eu tive sempre os melhores amigos que eu poderia sonhar em ter, próximos de mim. Quando eu menos esperava, vieram e me mostraram o quão boa a vida pode ser. Quando a felicidade era gigante, eles estavam presentes, celebrando junto comigo. Mas quando eu mais precisei, eles não esmoreceram: estavam lá, atendendo o telefone para me ouvir choramingar, me encontrando para, pacientemente, ouvir meus lamentos. Só posso dizer a eles uma palavra: obrigado.

A família também vai bem, obrigado, e manda lembranças. Termina o ano com um  orgulho gigante da minha irmã que concluiu a faculdade. E iniciará o ano novo com a formatura, pra ter a oportunidade de demonstrar o orgulho em público. Também esteve comigo quando eu estava feliz, me ajudou quando eu precisei e não faltou quando eu precisei de palavra de irmã, ombro de pai e colo de mãe. Repetitivamente, digo: obrigado.

Em resumo, é mais ou menos isso: 2010 foi um ano e tanto. Será para sempre lembrado, como aquele Natal em que eu ganhei meu saudoso Atari. E eu já estou com idéias, projetos, planos, metas, sonhos, objetivos, tudo pronto pro ano que está chegando. Preparem-se, vocês ainda vão saber de muitas novidades nos próximos 12 meses.

Que venha o 2011. Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rúcula faz mal pra saúde!

Mentira. Ainda não faz. Mas esta realidade está começando a mudar.

Eu nunca gostei de rúcula. Troço amargo. Desagradável. Parece que o cara tá se punindo ao comer aquilo.

Porém, dia desses a Jamile fez aqui em casa uma salada de rúcula, ricota e morangos. E eu tinha que provar, claro, porque era a salada da Jamile :D e também porque tinha morangos, que eu gosto demais. Não podia comer só os morangos. Daí comi tudo misturado e gostei. De verdade. Esses três ingredientes combinam muito bem numa salada. Virei fã da salada, da mistura.

A partir daí paulatinamente comecei a me acostumar com a idéia de comer rúcula. Comecei a ver que rúcula não é tão detestável. Comecei a me aventurar tentando comê-la pura. No início, com algum sofrimento. Todos os dias, nos restaurantes que eu ia, eu tentava uma ruculazinha. Resultado: já estou comendo rúcula sem sofrimento. Já tá quase ficando gostoso comer rúcula.

E é justamente aí que vem o risco para a saúde.

Tradicionalmente tudo que eu gosto faz mal pra saúde.
E tudo que eu não gosto é mega saudável.

Logo, eu me arrisco a dizer que, neste momento, em algum lugar do mundo, cientistas devem estar confabulando sobre algo de ruim que a rúcula pode nos oferecer, e irão divulgar, em breve, um estudo inovador que prova que a rúcula faz mal pra saúde.

"O veneno escondido na rúcula", será a manchete no Terra.

"Cientistas ingleses afirmam que consumo regular de rúcula pode ser fatal. Leia amanhã, no jornal O Sul", afirmará um jornal que se auto-entitula o melhor jornal do Rio Grande do Sul.

"Treinador de futebol faz treino com portões fechados, come rúcula e seu time é derrotado no fim de semana", sentenciará o Benfica após a jornada esportiva da Gaúcha.

"Nesta sexta, no Globo Repórter: da mesa do brasileiro para o banco dos réus. Saiba porque a rúcula é a nova vilã do povo brasileiro. Tudo isso e muito mais você vê, nesta sexta, no Globo Repórter". Com Sérgio Chapelin.

Preparem-se. Em breve, rúcula vai começar a fazer mal!

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensamentos de um fim de semana insone

Sim, não dormi na última noite. Não foi por alguma causa especial, além do fato de não ter dormido simplesmente. Fui ficando acordado, ficando acordado, e quando vi o dia amanheceu e eu fiz chimarrão e saí pra caminhar e voltei e tomei café. Morar sozinho me trouxe essas "flexibilidades" novas: não é a primeira vez que isso acontece, de não dormir uma noite.

Enfim, eu disse que caminhei. Na verdade, não foi a primeira caminhada do fim de semana. Totalizei 22,7 quilômetros percorridos nesses dois últimos dias, segundo cálculos de distância com ajuda do Google Maps. Legal isso. Na verdade, faz parte de um novo projeto que iniciei oficialmente nesse fim de semana insone, eu que tenho gostado de projetos: decidi chamá-lo de "Projeto Caminhador Maluco". Ele não tem nada de maluco, em verdade. Mas me transformará em um caminhador cada vez mais preparado e disposto. E como metas são metas e estão para serem atingidas, lutarei. É o que posso prometer.

Não vou no show do Paul McCartney em Porto Alegre. Desejo à minha irmã e aos meus amigos que vão que tenham um excelente show, que seja inesquecível. Durante a caminhada de ontem, passei (de propósito) em frente ao hotel do homem. Não vi nada além de uma multidão, nem fiquei lá: apenas passei mesmo. Mas não se pode negar que estive relativamente perto de um Beatle, olhe aí, veja você!

O verão parece que chegou. Senti calor pela primeira vez no dia de hoje. E era cedo da manhã. Bom, que eu faça então a limonada com os limões que se me apresentam: o horário de verão é ótimo, minhas roupas secam mais rápido depois de lavadas. Como vêem, estou aberto a não apenas "tolerar" como também "conviver bem" com o verão que ora se avizinha e se aproxima inexoravelmente. Vejamos o que mais de positivo o verão terá para me apresentar.

Tentei assistir à corrida de Fórmula-1. Recentemente eu disse aqui mesmo nesse blog que não faria mais isso, mas confesso que cedi. Que pena! Não achei que ela tenha sido tão espetacular quanto o narrador tentou me dizer que foi. Sobre Fórmula-1, eu realmente acho que o mais espetacular que esse esporte pode me apresentar desde muito tempo será o filme sobre o Senna, que estréia em Porto Alegre dia 12. Esse eu não perco.

O ano definitivamente está acabando. E isso me lembra de como eu gosto de fim de ano. Talvez eu goste mais apenas do começo de um novo ano. Exceto pelo verão, mas esse eu já disse que estou preparado, otimista e tolerante. Faz parte do "Caçula Relax"...

Eu ainda acredito que o problema e a solução são a mesma coisa: educação. A falta de e a melhoria da, respectivamente. Em todos os sentidos, em todas as instâncias e de todos os tipos. Só pra reforçar que tem coisas que não mudam.

E sim, eu vou dormir. Ainda hoje. :)

Sem mais para o momento, ciente de que já misturei assuntos demais em um único post e certo de que terei a compreensão de todos, despeço-me momentânea e cordialmente. Até a próxima!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Joguei a toalha

Sim, derrota!

Me rendi... pedi trégua e sucumbi ao sistema!

Após lutar bravamente contra a maré, e tentar não fazer parte da onda mundial, eu fui fraco...

... e hoje, somente a algumas horas atras ...

abri uma conta no twitter !!! (sigh)

vejamos agora o quanto isso consumirá do meu tempo: no meio tempo, podem me achar em @machadoufrgs

Hasta! :)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A música do silêncio

O mundo anda cada vez mais complicado. As pessoas correm cada vez mais, são cada vez mais bruscas e se entendem menos. Ainda hoje eu vi cenas lamentáveis no ônibus, exemplos acabados de uma falta de educação que não parece ter fim. O trânsito também é um exemplo bastante importante de como as coisas estão estranhas. Ninguém respeita ninguém, é uma pena. E na pele de pedestre, a gente acaba sendo desrespeitado de um jeito bastante desagradável.

Definitivamente, não me canso de repetir que o problema parece ser cada vez mais resumido por uma única palavra: educação. Desde a mais básica, dada pela família, até a mais formal. Educação, é disso que o país precisa. 

Nesses dias em que tudo parece estranho demais, corrido demais, atrapalhado demais, tenso demais, o melhor remédio pode ser o silêncio. Banho quente e silêncio, uma combinação perfeita. Agora mesmo, enquanto escrevo esse texto, o único som que ouço é o clique-clique das teclas. 

É impressionante como o silêncio pode ser extremamente reparador. Depois de um tempo de silêncio completo, senti-me renovado. O silêncio às vezes é uma bênção. Só precisamos saber aproveitar e relaxar durante alguns momentos. Afinal, tem hora pra tudo. Tem a hora de música, tem a hora de correria, tem a hora de ser sério e a hora de brincar. Por que não ter, de vez em quando, a hora do silêncio?

Vou voltar agora mesmo ao que eu estava fazendo: nada. Completa ausência de barulho. Um tempo comigo mesmo, ouvindo a música do silêncio.

domingo, 25 de julho de 2010

Fórmula-1 ainda é esporte?

Se tem uma coisa que eu gosto é de acompanhar esportes. Vários esportes. 

Gosto muito de futebol, é claro. Se estiver passando na TV um jogo amistoso entre XV de Campo Bom e Sertãozinho, é possível que você me veja em frente à telinha, acompanhando o jogo e me divertindo a valer. Nessa Copa do Mundo eu me fartei de futebol. Eu assisti a todos os jogos que pude. Sempre que eu não estava trabalhando ou em algum compromisso, eu estava em frente à TV, assistindo ao jogo do momento. Gana contra Sérvia, Argélia e Eslovênia, não interessa. Era Copa do Mundo, e eu tinha que acompanhar.

Para assistir aos jogos do Grêmio, faço o possível. Vou ao estádio em dias de frio glacial, temporal, ruas alagadas, calor inclemente, sol tórrido. Na companhia de outro grande gremista de todas as horas, o Sanger, não tem tempo ruim. Já fui de Porto Alegre a Cidreira, dirigindo em meio a um temporal, para encontrar o Sanger e assistir a Grêmio e São José de Porto Alegre. Na chuva. No Sessinzão! Somos realmente bravos guerreiros, modéstia à parte.

Olimpíadas também são importantes. Você já deve ter me visto falar de Gustavo Tsuboi, aqui mesmo nesse blog. Sim, acompanho até tênis de mesa. Natação, atletismo, ginástica, esgrima, judô, basquete, todos os esportes me atraem. Recentemente lembro de ter assistido a alguns esportes das Olimpíadas de Inverno. Não entendo nada de curling, mas acompanhei. Enquanto escrevo este texto, estou assistindo à final da Liga Mundial de vôlei masculino. O Brasil vai vencendo, mas o jogo está difícil. O Brasil tem um levantador baixinho que me faz perguntar por que eu não me dediquei mais ao vôlei. Eu poderia... enfim.

Há histórias célebres na família e entre amigos que dão conta do meu interesse por Fórmula-1. Há relatos de que eu sabia todos os pilotos, os carros, as equipes, os resultados. E eu de fato lembro perfeitamente de algumas disputas, de alguns pilotos. Lembro do Alesi, do Prost, do Mansell, do Irvine, do Patrese, do Piquet, do Larini, do Alboreto, do JJ Lehto e do Ukyo Katayama, do Berger. Do Maurício Gugelmin e do Roberto Pupo Moreno. Sem dúvida nenhuma, um dos meus ídolos de sempre foi Ayrton Senna. Eu realmente acordava para assistir às corridas. Até quando era na madrugada. Eu acordava especialmente pra ver a Fórmula-1. Sabe aquela história das manhãs de domingo? Pois é, isso mesmo. Eu entendia tudo (ou achava que entendia) sobre as paradas nos boxes, sobre os carros. Eu achava o máximo o jeito como o Senna ganhava as corridas. Os caras queriam passar e ele não deixava. 

Naquele tempo, Fórmula-1 era esporte, ao menos para mim. Depois, fui perdendo um pouco o interesse. Primeiro, sempre ganhava aquele que tinha o melhor carro. Nada contra o Damon Hill e o Jacques Villeneuve, mas eles foran campeões porque com aqueles carros da Williams até o Zé das Couves ganhava. Aí, veio a história do reabastecimento. E com ele, a frescura de um piloto ganhar na "estratégia dos boxes". Francamente! Pra mim quem ganhava era quem dirigia melhor, eu ainda achava que tinha que ganhar no braço. Mas a partir dali o cara podia ser um zero à esquerda, um barbeiro, e ainda assim, se tivesse um carro bom, e uma mente brilhante acertasse o momento do reabastecimento, e o cara da mangueira de combustível fosse rápido (e não esquecesse dela presa no carro) e o cara do parafuso do pneu fosse veloz, até mesmo um piloto medíocre podia ganhar.

Aí, veio a história do pneu macio e do pneu duro. Que coisa lamentável! Em algumas corridas, o piloto é obrigado a piorar o carro, perder tempo, porque tem que andar com um pneu que acaba com o acerto. Eu não consigo gostar da história do pneu macio e do pneu duro. Aí vem o comentarista falar no "macarrãozinho" do pneu. Que macarrãozinho coisa nenhuma! O que eu quero ver é ultrapassagem, é saber quem é o melhor piloto! O que me interessa é o "Poeira neles, Senna!".

Aí, veio a Ferrari e acabou com tudo de uma vez. "Hoje não, hoje não, hoje não! Hoje siiiiiiiim!". Isso não me sai da cabeça. Patético. Nem o Barrichello merece isso.

E hoje, depois de tudo isso, eu estava na casa dos meus pais, acordei e pensei: vou reeditar uma coisa da minha infância, junto com o meu pai: vou ver a corrida, como nos velhos tempos. E vem um cara e diz pro Massa mais ou menos isso: "o Fulano tá mais rápido. Captou, ou quer que eu desenhe?". E, o pior: ele quase estaciona pro outro passar. E nem pede demissão! E não quebra nada! E não xinga ninguém! E assume a bronca!

Eu não sei mais se gosto de Fórmula-1. Eu já estava cansado, já tinha perdido o interesse, já tinha ficado com raiva do "Hoje não, hoje não, hoje não! Hoje siiiiiim!". Hoje, acho que peguei nojo de vez. Dificilmente vou acordar de novo pra ver alguma corrida de Fórmula-1. Não sei se isso ainda é esporte. Não sei no que isso se transformou. Prefiro parar de assistir de vez, pra ficar com as boas lembranças. Pra ficar com os momentos em que eu acordava no domingo de manhã pra ver o Senna correr e ganhar as corridas no braço, com pneus pra pista seca em dias de chuvarada, sem jogos mirabolantes de estratégias e sem alguém mandar ele ou qualquer outro parar de acelerar. Um tempo em que a Fórmula-1, pra mim, era esporte.

Em tempo: o Brasil acaba de ganhar o jogo. É campeão da Liga Mundial de vôlei masculino.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Programas de TV

Criei-me na frente da TV. Desde criança sempre fui fanático por TV.

Cresci vendo Chaves, Silvio Santos, Carrossel, Cavaleiros do Zodíaco, novelas, jornais, Jô Soares, Serginho Groisman, desenhos animados, filmes, futebol, etc. etc.

Meus programas de TV favoritos já foram vários. Durante o segundo grau (ok, ensino médio, para os não tão velhos quanto eu) os favoritos eram Jô Soares (que eu gravava no video cassete toda noite para assistir no outro dia, de tarde) e os programas de esportes locais do Rio Grande do Sul, principalmente Dois Toques, com Rogério Amaral.

Durante muito tempo curti o Topa Tudo Por Dinheiro, com suas câmeras escondidas perfeitas (lembranças de Ivo Holanda e da Ruth Ronce, que Deus os tenha).

Depois, nas épocas mais recentes, curtia bastante o Caldeirão do Huck, com seus quadros Lata Velha, Lar Doce Lar, Agora ou Nunca e Soletrando). E o Pânico na TV? Muitas vezes ultrapassam o limite do bom senso, mas não dá para negar que diversas vezes também eles tem idéias muito boas e engraçadas. E Os Normais? Bah, era bem tri!

Mas e recentemente? É, tenho que admitir que recentemente a TV tem perdido bastante de seu espaço para mim. Mas ainda lembro dela com bastante carinho...

Eu ainda consigo me divertir assistindo televisão. O que me chama a atenção na TV hoje em dia? Algumas poucas coisas. Gostaria de destacar duas que sempre garantem a minha presença perante a telinha: CQC e Ídolos.

CQC - Custe o Que Custar, na Bandeirantes, todas as segundas-feiras as 22h15min, com seu humor inteligente é um resumo semanal divertido do cotidiano no Brasilzão. As denúncias e pegadinhas tem uma inteligência acima da média. Ao mesmo tempo o programa é leve, um belo passa-tempo.

Ídolos, na TV Record, todas as terças e quinta-feiras as 23h, com o bom apresentador Rodrigo Faro e cantores candidatos a ídolo de todos os tipos, desde os mais sem noção do mundo até os mais competentes. Uma mistura bem interessante.

E vocês caros leitores? Quais programas de TV lembram com carinho?

Bem, vou lá... está para começar daqui 10 minutos a fase do Teatro no Ídolos 2010. Já são apenas 83 competidores...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tudo junto, separado?

Tempos depois, cá estou eu para postar novas velharias e velhas novidades. Você há de perguntar: "certo, mas... por que a demora em voltar a este nobre espaço?" E eu hei de responder: "Não sei". Mas voltei. Voltei com uma lista grande de assuntos. Sem mais lero-lero, vamos ao que me traz aqui.

Novo layout: Talvez não seja nada demais, mas também bastante inovador em se tratando do Blog dos ERAD-Boys, o seu blog por um mundo melhor. Não sei se deu tempo de reparar, dada a qualidade estupefaciente do presente texto, mas o blog andou mudando um pouquinho. Espero que os estimados leitores apreciem. Votem aí do lado na nova enquete pra que a gente saiba como foi o impacto das mudanças no povo.

Copa do Mundo, amiiiigo: Está estranho. Eu torci pela Seleção, apesar de não concordar com a metade dos jogadores que estavam lá. Porque, se era pra levar o Grafite, que levassem o Valdir Papel também pra ele não ficar desapontado... Acabou que a Seleção teve piripaque, entrou em parafuso e levou um baile da Holanda. Que por sua vez cometeu o crime da Copa depois, retirando os bravos uruguaios da final. Torci pelo uruguaios. Me peguei bem chateado, triste mesmo com a eliminação da Celeste. Confesso que fiquei com uma ponta de inveja dos vizinhos, porque o time deles não entrou em pânico quando tomou gol, e se perdeu ao menos foi jogando como deve jogar um time de verdade. Não há de ser nada: o terceiro lugar pode ser comemorado, por que não?

Nova rotina: Lavar a própria roupa (e pior que isso, passá-la depois de lavada), cozinhar as próprias refeições. Notar na prática que a geladeira não se enche sozinha. Lavar a louça pra evitar que a pilha fique grande e vire um condomínio de fungos. Ter responsabilidade pela manutenção da higiene da casa (embora essa parte seja atualmente "terceirizada"). Novos desafios que foram escolhidos e abraçados por vontade própria. Acho que estou indo bem. No começo, foi complicado até me acostumar. Afinal, fechar a porta de casa e pensar "ok, estou sozinho e é assim que eu vou ficar porque ninguém mais mora aqui" é um tanto diferente do que eu estava habituado. Mas vamo que vamo, que tá bueno!

Velhos problemas: intolerância, impaciência, deselegância. Por que as pessoas não podem ser mais gentis e agradáveis no geral? Na fila do supermercado, no ônibus, na rua. Em todos os lugares parece que não importa nada mais que "passar na frente", "chegar antes" e "ser mais rápido". E eu pensando apenas em ser mais tranquilo.

E-du-ca-ção: Palavrinha curta, mas importante. Eu já disse aqui mesmo nesse blog em outras oportunidades que eu acho que o problema maior que temos hoje, na maioria dos casos, é a educação (ou a falta de). Logo, estou curioso para o início dessa campanha eleitoral. Quero ver o que prometerão dessa vez os nobres candidatos (ou nem tão nobres assim, na maioria dos casos) para a educação. Não adianta tapar o sol com a peneira. Educação é assunto pra longo prazo. Quero só ver.

P.S.: Prometo da próxima vez postar algo mais elaborado, mais poético ou até mesmo mais filosófico. Por enquanto, fica a questão: Por que separado se escreve tudo junto e tudo junto se escreve separado?

domingo, 21 de março de 2010

Gordo, baleia, saco de areia

Tenho lembranças da minha infância. Algumas muito remotas.

Nasci. Sim, isso um dia ocorreu, e acredite: graças a isso eu estou aqui. A 13 de janeiro de 1982, vim ao mundo. Um bebê rechonchudinho, uma cara de joelho. Não que eu lembre disso, mas eu queria começar de um ponto e achei que esse era um bom começo.

Fui crescendo. E fui me tornando um feliz menino gordinho. Gordinho mesmo. Um piá pançudo. Isso não me perturbava, eu que me preocupava muito na época em aprender a andar de bicicleta sem rodinhas auxiliares, que chorava porque queria que o Telê Santana colocasse o Casagrande na Seleção ("Ele não bota o Casão, ele tem que botar o Casão"). Eu sabia tudo das corridas de Fórmula 1. Tudo isso lá pelos 4 ou 5 anos. Lembro cristalinamente do dia do jogo do Brasil com a França, quartas-de-final da Copa de 1986. Lembro do pênalti que a França errou, mas que bateu no Carlos e entrou. Esse jogo eu vi na casa da avó materna. Mais ou menos nessa época, aprendi a ler e escrever, modéstia à parte. Eu era um chato, nessa época. Lia os letreiros dos caminhões, lia as placas na rua. Enfim, eu era um piá. Gordinho.

Avança a fita.

Fui para a escola. Gordo, baleia, saco de areia. Criança é cruel, principalmente quando era pra me axincalhar porque eu era um guri gordinho. Nunca me queriam no time de futebol, eu era o último a ser escolhido. Minha chance era quando eu escolhia o time, ou (melhor ainda) quando a bola era minha. Mas eu nunca dei muita importância pra isso. Eu chamava meu agressor de magricelo, e achava que com isso estávamos quites.

Avança a fita.

18 de setembro de 2009. Farmácia. Apenas uma parada pra comprar um remédio pro meu rechonchudo pai. Vi a balança, e pensei: por que pesar, por que não pesar? Pesei-o-o, o meu próprio corpo, veja você. E qual não foi minha surpresa quando vi, estampado em números luminosos vermelhos, no visor digital do instrumento de medição, o número apavorante. 96,9. Quilos. Isso mesmo, quilos. Não eram gramas. Eram quase cem quilos. Noventa e seis quilos e novecentos gramas. Tomei a decisão exatamente no momento em que descia da balança:

"Eu não vou mais ser gordo assim. Vou pesar 70 quilos."

E avança a fita.

17 de março de 2010. Consultório da nutricionista. Ela me pesa, balança daquelas manuais, que todos dizem que são as boas. E o valor dá diferente do que eu vinha medindo. Pergunto por quê, e ela me informa que as balanças que eu usei realmente dão uma diferença no peso. Pra mais. Aqui precisa não de uma, mas de duas exclamações. Pra mais!!

67 quilos. 1,68m de altura, e 67 quilos. IMC de 23 ponto alguma coisa.

Eu quis comprar a balança dela. Ela riu e não quis me vender.

Venci. Sem falsa modéstia, venci. Sei que foi a primeira etapa, mas venci. Sei que agora a luta é pra manter o peso assim como ele está, mas venci. A nutricionista me elogiou, disse que eu estou bem e que eu sou um exemplo. Eu sei, não estou sendo modesto, você tem todo direito de achar e dizer isso, porque não estou mesmo.

Não foi uma vitória só minha. Tive ajudas, conselhos, ouvidos que me ouviram. Minha família venceu comigo. Os ERAD-Boys venceram comigo. E eu nunca esquecerei disso e não cansarei de reconhecer e agradecer.

Então, vencemos! Este é o fato e contra fatos não há argumentos. Os números gritam.

Agora, com licença. Vou me preparar para dar o maior desfalque possível no restaurante hoje à noite. Depois eu compenso com frutas, saladas, iogurtes, coisas saudáveis, conforme orientações da nutricionista. Hoje vou é comer.

Mas nunca mais serei gordo como eu era.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Retorno

Há rumores de que todos os ERAD-Boys estariam novamente compartilhando um mesmo segmento de terra, reunidos no que se convencionou chamar Novo Continente.

Há rumores de que o ERAD-Boy que havia sido enviado para além-mar, para espalhar e difundir a palavra, teria retornado.

Por enquanto são meras especulações, pois ainda não se colocou os olhos no cidadão.

Será que a campanha teria realmente terminado?

Será que a campanha teve êxito?

Além disso, será que estes povos beneficiados por essa campanha, em sua maioria bárbaros, conseguiram assimilar os ensinamentos?

Será que chegou o dia do retorno?

Será?

domingo, 10 de janeiro de 2010

Vinte e oito

Vinte e oito. Duas vezes quatro é oito. Quatro que, por sua vez, é o dobro do dois e a metade do oito. 28.

Dois mil e dez. Dez que, ao subtrairmos dois, obtemos oito. 28.

O tempo anda a uma velocidade constante de 60 segundos por minuto. Dividamos os 60 por 10, teremos seis. Seis mais dois dá, adivinhe...

... oito!

28.

Sim, senhoras e senhores. Vinte e oito anos estão prestes a serem completados. Parece pouco, tendo em vista a minha condição de caçula da turma, a qual orgulhosamente ostento. Mas não é.

A vida está começando. Definitivamente. Tenho uma vida pela frente, e um mundo inteiro a desbravar.

Andei meses pensando, calculando, contando, pegando números daqui e dali, desembarcando quilos e gramas, matutando problemas, alternativas e soluções.

E...

... Eureka!

Há uma conclusão. Uma incomensurável conclusão.

E há um plano. Cuidadosamente urdido. Um plano que ainda vai ser refinado, é verdade. Mas que já está em andamento.

28.

Guarde esse número.