Eu decidi que eu não vou me arrepender pelo que eu não faço. Caro leitor e digna leitora, acompanhem o meu raciocínio, que ele é bem lógico. O que eu não faço e portanto deixo de fazer não pode causar dano nem a mim, nem a outrem, nem a nada. Afinal, o que eu não faço é a ausência de ação. É a completa inação. É, por assim dizer, a desistência de todo e qualquer risco. Inclusive do risco de que algo dê certo e seja espetacularmente interessante.
Portanto, senhoras e senhores, a decisão é simples e baseia-se na crença de que, se algo der errado, aí sim eu terei motivos para me arrepender. Porém, evitarei ao máximo o arrependimento de não ter feito aquilo que achei que deveria fazer. Portanto, ainda que eu não abdique completamente da importantíssima reflexão e da fundamental avaliação de possibilidades, já vou avisando: é bem provável que eu faça as coisas. Que eu tome decisões e atitudes. Que eu pague pra ver.
Quero evitar a todo custo a crônica do que poderia ter sido e não foi.
Porque o que não tiver que ser não será. Mas não será por falta de ação.
E tenho dito.
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