Agradecimento de Natal

O Natal vem vindo, vem vindo o Natal...

Várias coisas legais acontecem todo ano quando o Natal se aproxima. Uma delas, por mais simples que seja, muda a minha rotina. E para melhor! Do que estou falando?

Mas é glaro que falo das propagandas da Companhia Zaffari/Bourbon na televisão!

Há alguns anos a magia se repete: chega o final do ano, surge na TV aquela propaganda que é praticamente uma poesia encenada, embalada por uma música bonita e lá fico eu, que nem um bobo, encantado com o que vejo.

Será um exagero chamar de poesia? Acho que não. Afinal de contas, o roteiro das propagandas são bolados por nada mais nada menos que Luiz Coronel, reconhecido poeta gaúcho.

Serão temas piegas? Talvez! Para mim, que acredito fielmente no ideal de construir um mundo melhor, são perfeitos. É como se fosse uma aula, um tele-curso, super didático, ensinando para o grande público como são boas as coisas simples da vida.

Já tivemos propaganda do Dia dos Pais, onde o pai carregava as três filhotinhas com nome de flor no colo, como se fossem um buquê.

Já tivemos propaganda de fim de ano onde as luzes da árvore de Natal queimavam e um enxame de vaga-lumes assumia a tarefa de iluminar a árvore de um menino.

Agora temos a campanha atual, onde um menino que estava triste por fazer "apenas" o personagem de um burrinho na encenação de Natal acaba salvando a peça teatral. Salvando porque, instantes antes das cortinas se abrirem, a árvore de Natal é derrubada, quebrando todas as bolinhas. A partir de um instrumento mágico doado por um Papai Noel a paisana, o menino começa a fazer bolhinhas de sabão e recupera a árvore de Natal, para delírio da platéia.

Mas para mim a campeã ainda é a propaganda do ano passado, na qual, em uma noite de Natal, uma guriazinha (linda) aguarda o retorno da mãe, que foi ao hospital dar à luz a um novo irmãozinho para a menina. Cada detalhe desta propaganda foi pensado, planejado, esculpido!!! Gosto tanto, mas tanto desta propaganda que, no ano passado, quando meus ouvidos reconheciam a música da Adriana Calcanhoto eu parava tudo que eu estava fazendo. Sentava-me perante a TV e prestava atenção em tudo, hipnotizado, absorvendo a poesia.

Ao final de cada exibição lá estava eu aplaudindo, empolgadamente, e proferindo a seguinte frase:

"Obrigado Zaffari/Bourbon"