terça-feira, 20 de maio de 2008

A palavra é: e-du-ca-ção

Ontem eu comprovei que o problema da sociedade é educação. Ao mesmo tempo, tenho uma sugestão de solução definitiva para a maioria das mazelas que acometem nosso sofrido povo: educação!

Fantástico! Que mente brilhante, você exclamará!

Bateram no meu carro ontem. Era um motoqueiro, um desses motoboys. Esses que passam serpenteando entre as fileiras de carros nos engarrafamentos. Mas foi só um encostão: restou apenas (mais) um arranhão na lataria. Daqui a pouco vai restar muito pouca lataria no meio dos amassões.

Mas o motoqueiro vinha em altíssima velocidade, desviando como podia dos obstáculos. Me arranhou o carro. Bateu no retrovisor do automóvel que estava ao meu lado. Não quebrou, apenas deslocou. A moça apenas gritou lá de dentro um impropério e o próprio motoqueiro efetuou o conserto desse sinistro.

Depois desses pequenos danos, ele causou o pior: bateu de frente, em cheio, na traseira do carro que estava parado em minha frente. Não sofreu nada, nem ele nem a motorista do carro. A traseira (do carro) ficou virada em um chapéu velho. Um "U".

Desci do carro. A motorista do carro mais destruído no episódio desceu também. Ela estava grávida (deve estar ainda, presumo eu). Xingou o motoqueiro. Mas xingou muito. Vi que ela tremia. Tratei de tentar acalmá-la. Me ofereci pra chamar as autoridades competentes. Ela também disse que chamaria. Aí é que houve a maior estripulia do motoqueiro: ele começou a xingá-la de volta. Sob o pretexto de que "acidentes acontecem" e que "não é o fim", começou a xingar a coitada da moça, que resolveu que ia arcar com o prejuízo, agradeceu meu apoio e se foi.

Fiquei ali, estarrecido. Não tive mais forças para xingar o cara (ele já tinha sido xingado o suficiente). "Imbecil" foi a única coisa que eu disse antes de entrar no carro. Ele recolheu o que sobrou da motocicleta, e saiu dali.

Do que concluo: o problema é a educação. A falta dela, no caso.

A solução é fácil: educação. Investimentos nela, no caso.

Era mesmo um ser ignóbil digno de repulsa aquele motoqueiro!

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso aí.
É óbvio demais que a única solução é educação.
É tão óbvio que, na última eleição pra presidente, o candidato Cristóvam Buarque só falava em educação, educação, educação e educação.
E chacoteavam ele porque ele só sabia falar de educação e todas as metas dele passavam por educação.
Que se fale de educação, educação, educação, educação até entrar na cabeça de todos, de uma vez por todas, que o problema é educação, educação, educação, educação, educação, educação, educação.
E não adianta dizer que já sabem que o problema é educação, educação, educação. Se não fazem uma revolução na educação, é porque não estão convencidos de que o problema é educação, educação, educação, educação, educação e educação.

Anônimo disse...

Caçula, tu traduziu em palavras exatamente o que eu penso. Principalmente quando a questão é trânsito.
Mas a extreminação de motoboys malditos também resolveria o problema.