O ano da graça de 2009 começou, e parece que trouxe com ele uma mala cheia de assuntos, surpresas e aprendizados. Nada mal para os primeiros 17 dias de um ano.
Elogios no supermercado. Dia desses fui ao supermercado, tranquilão sem trema. Na fila dos frios, pedi com convicção: "Por favor, duzentos gramas de presunto magro". Eis que nesse momento o senhor que estava atrás de mim na fila disse-me, em um tom entre surpreso e orgulhoso (mesmo sem sequer me conhecer): "Com licença. Meus parabéns! É difícil hoje em dia encontrar um jovem assim falando tão corretamente. São duzentos gramas mesmo, no masculino. Parabéns!" Puxa, fiquei orgulhoso. Reconhecimento grátis, quem não quer?
Assalto no CFC. Semana passada fui renovar minha carteira de motorista. Mas fiquei estupefato mesmo com o valor que eu teria que pagar: R$ 74,85, para cobrir despesas de expedição do documento de habilitação e do exame de aptidão física e mental. Depois, no detalhamento, me dizem que o exame médico custou R$41,00. Isso mesmo: quarenta e um reais para um exame médico que não durou 30 segundos! O médico nem sequer me deixou terminar de ler as letras, nem terminar de dizer as cores do semáforo! É ou não um absurdo?
Fiz 27 anos... Isso mesmo! E ainda assim sou o Caçula da turma! Não é extraordinário?
... e ganhei um DVD da dupla Kleiton e Kledir. Não adianta: eu gosto de Kleiton e Kledir. Ah, e também gosto de Los Hermanos. Sim, eu sei que você dirá que é estranho, que são estilos musicais totalmente diferentes, mas eu respondo: e daí? Eu gosto. Digamos que tenho um gosto "eclético". E fiquei muito contente por ganhar de aniversário um DVD de um show da dupla Kleiton e Kledir. Obrigado, pessoal! O DVD é sensacional!
"Mais vale um gosto que dois vinténs". Já contei pra vocês que eu tenho uma avó que é um milagre da Natureza? Não? Pois é, eu tenho. Trata-se da mãe da minha mãe. 71 anos com corpinho de 60. Ela me disse uma coisa hoje que eu vou dizer pros meus filhos e netos, e vou dizer pra eles contarem pros filhos e netos deles também: "Mais vale um gosto que dois vinténs". Ainda estou pensando nisso.
Temos uma missão e não desistiremos: tornar o mundo um lugar melhor. Compartilhar conhecimento, conteúdo. Afinal, o mundo não seria o mesmo sem os ERAD-Boys.
sábado, 17 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Era uma vez o Bochechudo
(Este post não foi escrito por mim, Sanger. Foi escrito pela Jamile, em uma participação especial aqui no blog. Estou apenas publicando o texto dela. Achei justo que este post fosse colocado aqui, visto que o Bochechudo faz parte da história dos ERAD-Boys, carregando-nos em várias ocasiões, inclusive ERAD-Encontros. Este carrinho guerreiro sempre será um ERAD-Automóvel! Mas já falei demais. Vamos ler a Jamile :-) )
O fusca mais legal que já existiu nesse mundo, o mais carismático. Não tinha quem não o conhecesse onde quer eu fosse. Até na minha formatura ele foi lembrado. "E o fusquinha??"
Era uma vez um carrinho...
Há pouco mais de quatro anos fui buscar ele com o pai. Seguia ele de Santana pra casa, namorando à distância e já antecipando a euforia de dirigir meu mais novo companheiro. Já de cara quando olhei pra ele enxerguei aquelas crianças bem gordinhas e queridas, que dá vontade de arrancar as bochechas. Nascia o Bochechudo.
A primeira volta foi hilária. Com toda a minha experiência de 3 meses de carteira eu nunca tinha dirigido um carro tão legal... e tão duro e solto! Caía nos buracos fazendo um barulho seco e sacudindo toda lata existente nele.
Fusquinha querido... A folga que tinha na direção era tão grande, mas tão grande que a gente já chamava de férias. Mas eu me acertei...
A partir daí ele foi se tornando cada vez mais companheiro. E companheiro tem que ser pra todas as horas. Inclusive aquelas que ele dá problema (e olha que não foram poucas...).
A primeira vez que ele deu problema no platinado eu fiquei empenhada no pior lugar do mundo: na Terceira Perimetral. Em obras. Muito trânsito. Liguei pro Tele-Pai e 40 minutos depois ele chega e conserta o carro com um elemento essencial em qualquer bolsa de mulher: uma lixa de unha! Depois disso até aprender a trocar platinado eu aprendi. E foi na praia, alguns meses depois que o Gatinho e eu trocamos (sozinhos) nosso primeiro platinado.
E essa não foi a única lição mecânica que aprendi... Aprendi a reduzir as marchas pra não deixar o carro apagar por causa do carburador entupido. Aprendi a dirigir sem freio. Isso mesmo, sem freio. Problema de vela, dirigir o carro apenas em três cilindros. Desmontei (e montei) as duas portas. Aprendi a instalar uma máquina de vidro. Passei uma tarde inteira com o pai tentando arrumar a buzina dele (e nunca conseguimos que funcionasse direito). Apertei milhões de parafusos. E a coisa mais legal de todas: aprendi a virar a ignição com uma moeda.
Claro que tinha uma série de "manhas" pra fazer ele funcionar: a bombeadinha de gasolina de manhã cedo, a batidinha no velocímetro pra o ponteiro funcionar, o "levanta e bate" pra fechar as portas, a tampa do tanque de gasolina que ninguém conseguia fechar direito.
Obrigada Bochechudo!
Nunca vou esquecer o abrigo nos dias de chuva, a primeira vez que passei cera na pintura, e a emoção de polir cada milímetro. Ou então da vez que trouxemos duas vezes o que ele comportava ao voltar da praia com a minha vó na carona e metade da casa como bagagem. As inúmeras caronas dadas... Acho que tu nunca tinha visto tanta gente diferente em um intervalo tão curto de tempo. Meu querido Bochechudo, vivemos uma história.
Por essas e outras sou grata, Bochechudo. Tu foi o melhor fusquinha que eu já pensei em ter. O mais querido. Um filho, meu primeiro carrinho. Em quatro anos, tu me forneceu lembranças e histórias para uma vida inteira. Meu querido fusquinha.
Hoje estou te aposentando, Bochechudo. Mas com a certeza que todas as lembranças e momentos que passamos juntos vão ficar guardados no meu coração.
Faz teu próximo dono tão feliz quanto eu fui contigo :-)
Jamile
O fusca mais legal que já existiu nesse mundo, o mais carismático. Não tinha quem não o conhecesse onde quer eu fosse. Até na minha formatura ele foi lembrado. "E o fusquinha??"
Era uma vez um carrinho...
Há pouco mais de quatro anos fui buscar ele com o pai. Seguia ele de Santana pra casa, namorando à distância e já antecipando a euforia de dirigir meu mais novo companheiro. Já de cara quando olhei pra ele enxerguei aquelas crianças bem gordinhas e queridas, que dá vontade de arrancar as bochechas. Nascia o Bochechudo.
A primeira volta foi hilária. Com toda a minha experiência de 3 meses de carteira eu nunca tinha dirigido um carro tão legal... e tão duro e solto! Caía nos buracos fazendo um barulho seco e sacudindo toda lata existente nele.
Fusquinha querido... A folga que tinha na direção era tão grande, mas tão grande que a gente já chamava de férias. Mas eu me acertei...
A partir daí ele foi se tornando cada vez mais companheiro. E companheiro tem que ser pra todas as horas. Inclusive aquelas que ele dá problema (e olha que não foram poucas...).
A primeira vez que ele deu problema no platinado eu fiquei empenhada no pior lugar do mundo: na Terceira Perimetral. Em obras. Muito trânsito. Liguei pro Tele-Pai e 40 minutos depois ele chega e conserta o carro com um elemento essencial em qualquer bolsa de mulher: uma lixa de unha! Depois disso até aprender a trocar platinado eu aprendi. E foi na praia, alguns meses depois que o Gatinho e eu trocamos (sozinhos) nosso primeiro platinado.
E essa não foi a única lição mecânica que aprendi... Aprendi a reduzir as marchas pra não deixar o carro apagar por causa do carburador entupido. Aprendi a dirigir sem freio. Isso mesmo, sem freio. Problema de vela, dirigir o carro apenas em três cilindros. Desmontei (e montei) as duas portas. Aprendi a instalar uma máquina de vidro. Passei uma tarde inteira com o pai tentando arrumar a buzina dele (e nunca conseguimos que funcionasse direito). Apertei milhões de parafusos. E a coisa mais legal de todas: aprendi a virar a ignição com uma moeda.
Claro que tinha uma série de "manhas" pra fazer ele funcionar: a bombeadinha de gasolina de manhã cedo, a batidinha no velocímetro pra o ponteiro funcionar, o "levanta e bate" pra fechar as portas, a tampa do tanque de gasolina que ninguém conseguia fechar direito.
Obrigada Bochechudo!
Nunca vou esquecer o abrigo nos dias de chuva, a primeira vez que passei cera na pintura, e a emoção de polir cada milímetro. Ou então da vez que trouxemos duas vezes o que ele comportava ao voltar da praia com a minha vó na carona e metade da casa como bagagem. As inúmeras caronas dadas... Acho que tu nunca tinha visto tanta gente diferente em um intervalo tão curto de tempo. Meu querido Bochechudo, vivemos uma história.
Por essas e outras sou grata, Bochechudo. Tu foi o melhor fusquinha que eu já pensei em ter. O mais querido. Um filho, meu primeiro carrinho. Em quatro anos, tu me forneceu lembranças e histórias para uma vida inteira. Meu querido fusquinha.
Hoje estou te aposentando, Bochechudo. Mas com a certeza que todas as lembranças e momentos que passamos juntos vão ficar guardados no meu coração.
Faz teu próximo dono tão feliz quanto eu fui contigo :-)
Jamile
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