sábado, 4 de outubro de 2008

A importância de apenas um

Então é isso. 5 de outubro, eleições municipais.

A mim, sinceramente, não importa em quem alguém vai votar. Eu sei em quem eu vou votar. Eu só gostaria que todos (eu disse todos) os cidadãos votassem conscientemente. Não adianta votar nulo, nu, no "Nononono". Eu queria que todos tivessem consciência.

Pode ser que as opções não sejam das melhores. Não quero e nem vou entrar na discussão sobre quem deve ou não deve ganhar, quem é o melhor candidato, quem está mais preparado, quem é mais correto ou honesto, quem fez ou fará mais pelo povo, quem tem a melhor proposta pela educação, pela saúde, pela segurança pública, pelo transporte, pelo emprego, pela moradia, pela cultura, pela inclusão social, pelos jovens, pelos adultos, pelos idosos, pelas mulheres.

Horário eleitoral é um saco. Alguém viu?

Candidato a vereador às vezes é engraçado. Alguém aí cita mais de 5?

Alguém aí acessou a página dos candidatos para saber o que eles propõem?

Claro, todos nós corremos o risco em todas as eleições de que todos os candidatos estejam só nos empanturrando de promessas. Em alguns casos, fica clara a tentativa de nos engambelar e a gente consegue perceber, daí podemos defenestrar os embusteiros. Em outros, a gente só se dá conta depois que o mandato já está em andamento. Mas enfim, é um risco. E é contra esse risco que a gente tem uma só arma.

E a arma não é o voto. Ele é um meio. A arma é a consciência. É pensar antes de apertar os botões.

Mas o fato é que alguém tem que ser eleito. E que não seja usado aquele discurso de que "ah, eu sou um só, meu voto não faz diferença".

É nessas horas que a gente pode comprovar a importância de apenas um.

(Editado em 04/10/2008 - 22:58 - tinha faltado um "conscientemente". Problemas de escrever, reler, apagar, re-escrever. Faltou, não falta mais... :D)

4 comentários:

Kaqui disse...

"Eu só gostaria que todos (eu disse todos) os cidadãos votassem. Não adianta votar nulo, nu, no "Nononono". Eu queria que todos tivessem consciência."

Já eu gostaria de ter DIREITO de votar, e não o DEVER.
Provavelmente eu acabaria sempre que possível, indo às urnas depositar o meu voto, mas acho que obrigar alguém a votar, não importando a qualidade dessa escolha, algo muito hipócrita. Ou extremamente conveniente, até.

Anônimo disse...

Quanto ao voto facultativo, eu também concordo.

Mas a idéia não era defender que o voto deve ser obrigatório, e sim que todos devem votar *conscientemente*. (correção necessária ao texto já feita - obrigado Kaqui :D)

Quando eu falei que não me importa em quem alguém vai votar, eu quis dizer que não quero sugerir que o candidato A é melhor que B ou C. Cada um que faça o seu juízo.

E justamente porque eu acho que importa a qualidade da escolha é que eu escrevi isso.

Obviamente eu sei que alguns não votarão, pelos mais diversos motivos. A lei que infelizmente nos obriga a votar inclusive prevê isso.

E não, eu não acho que quem justifica o voto (ou o não-voto, por assim dizer) está jogando o seu voto fora. Eu mesmo já justifiquei. O que eu gostaria é que todos os que votarem tenham a mesma consciência e maturidade que a Kaqui demonstrou no comentário dela.

Enfim, o que eu quis dizer é: já que a lei nos obriga, então que ao votar não joguemos fora o nosso voto.

Sanger disse...

E está cada vez mais difícil votar com qualidade né?
Tá, tudo bem, eu não fiz a tarefa de pesquisar nos sites dos candidatos, assisti poucas vezes o horário eleitoral público, gratuito e de qualidade, e assisti apenas dois debates.
Tinham algumas opções que saltavam perante nossos olhos como:
1) O candidato negro que dizia: "Não vote em branco, vote em preto"
2) O candidato Gonha: "Não vote em sem-vergonha, vote em Gonha".
3) O candidato Defaunto: "Vote em defunto: porque político bom é político morto".
etc, etc.
Mas nenhum deles chegou a me convencer com seus contundentes argumentos :-P
Daí tentei fazer o meu melhor...
Resta a sensação de que todos eram muito parecidos, e os que eram um pouquinho diferentes eram radicais demais pra me convencer.
Eu tentei.

Sanger disse...

Ah, faltou eu falar do "Vote Waldir Canal: este é o canal!".

E esse foi eleito vereador de Porto Alegre.