Alegria, alegria! Depois de algum tempo sem postar aqui, cá estou. Firme que nem prego em polenta. Sim, caros leitores e distintas leitoras! Eu estou aqui. Feliz que nem lambari de sanga. E, sem mais delongas, deixemos de lero-lero e passemos às questões assaz pertinentes que me trazem a este nobilíssimo espaço.
Choveu em Porto Alegre. Dito assim, isso parece um fato deveras corriqueiro. Uma obviedade ululante, haja visto que em Porto Alegre no inverno a tendência é que haja precipitação mesmo. Mas dessa vez foi muito precipitada a situação. Choveu ininterruptamente, por muito tempo. Dilúvios se revezavam com garoas e chuvas "normais". Resultado: ruas alagadas, engarrafamentos e toda sorte de percalços que ocorrem com o cidadão honesto que paga seus impostos em dia nesses casos de água descontrolada caindo do firmamento. Mas o que me deixou realmente plasmolizado foi o buraco que se abriu na Juca Batista. Senhoras e senhores, é um senhor buraco. O famoso buracão. Extenso e profundo. No asfalto. No meio da faixa de rolamento, em uma esquina. Um perigo! Desagradável. Lastimável. Profundamente lamentável.
E-du-ca-ção. Segundo a Wikipedia, o cérebro é o maior órgão do sistema nervoso e o mais desenvolvido. Fantástico isso, não? Pois seria ainda mais espetacular se as pessoas o utilizassem para o bem. Ou ainda se as pessoas simplesmente o utilizassem. Eu não consigo entender o que se passa pelas cabeças de alguns motoristas. O que faz uma pessoa ao volante pensar que tem prioridade sobre as demais? O nobre cidadão simplesmente enfia a porcaria do seu carro importado onde pensa que cabe, e os demais motoristas têm que fazer o trabalho sujo de se cuidar pra não bater na porcaria do carro importado que se atravessou no meio do caminho. É muita falta de educação. As pessoas andam muito mal-educadas. O problema e a solução têm o mesmo nome: e-du-ca-ção.
Sobrevivi. Ou melhor, sobrevivemos eu e minha progenitora. Vinha eu guiando o carrinho cor-de-abóbora pelo viaduto da Silva Só e uma caminhonete com o triplo do tamanho do pequeno Palio simplesmente pulou os blocos de concreto que dividem os sentidos. E se desgovernou. E vinha que vinha zigue-zagueando serelepe em minha direção. E eu já estava na faixa bem da direita, se fosse mais pra direita arriscava mergulhar de cara na Protásio Alves. Eu só tinha uma coisa a fazer: "Pai nosso que estais no céu!" A sorte é que o cara conseguiu dar uma guinada naquele caminhão dele e pulou pro outro lado. Foi faísca, fumaça, pneu cantando. Mas escapamos. Agora sempre que passo por ali fico cuidando pra ver se nenhuma viatura saltitante aparece na minha frente.
Ah, para com isso! Para do verbo parar sem acento é muita sacanagem com o idoso. Como é que pode isso de para do verbo parar sem acento? Querem me derrubar. Com o cinquenta sem trema eu acho que vai ser mais fácil de me acostumar. Mas para do verbo parar sem acento é sacanagem.
E a todas essas, tem que engolir e digerir como bem entender o que esses arremedos de políticos fazem na capital federal, no Rio Grande do Sul, em todos os lugares. Notícia de política é sempre a mesma cantilena. Previsível. Escândalo atrás de encândalo. E o mais embasbacante de tudo é que até ex-presidente "impeachmado" é senador. Não dá pra ser feliz assim. Mas, mesmo que meu protesto aqui seja mais inútil que buzina em avião, me sinto melhor em fazê-lo.
E os meus projetos vão bem, obrigado, e mandam lembranças. O Projeto Irmã 2009 está cada vez mais desenvolvido. Estou impressionado. Acho que minha meta será batida com louvor. Esforço e boa vontade não estão faltando. A organização tem sido a alma do negócio. O senso de oportunidade também. Estou obtendo progressos deveras significativos no relacionamento fraterno com aquela que saiu do mesmo ventre que eu. Se tem algo que eu digo a vocês é o seguinte: façam projetos. Dá certo!