sábado, 21 de maio de 2011

Francamente, coitado do português

Primeiro, informalmente, veio o gerundismo. Sim, estavam começando a estar incomodando o português, além de estar tornando nosso dia-a-dia cada vez mais enrolado.

Depois, uma intervenção formal, pelos rigores da lei: o adeus ao trema, a quase abolição do hífen e as novas regras da ortografia, enfim. Mexeram com o português de novo.

Depois, a famigerada lei do estrangeirismo. Notebooks, mouses, tudo seria deletado do uso coloquial, embora seja totalmente normal hoje em dia usar essas e outras palavras que vêm do inglês. Eu queria saber, sinceramente, se a gente ia poder continuar comendo pizza, já que pizza é italiano.

Aí, vêm me dizer que "os peixe" está certo. E pior: liberam o uso de livros didáticos pra ensinar às pessoas que "os peixe" está certo.

A língua de Camões, chamada por Olavo Bilac de "a última flor do Lácio", a quinta língua mais falada no mundo, definitivamente e no popular, virou várzea.

É uma hecatombe. Uma catástrofe. Um cataclisma.

Corram todos para as montanhas!

Coitado do português. Não o deixam em paz.


Por obséquio, salvem o português!